
Ipas não vem pagando salários e fornecedores, o que será investigado pela SES
A secretaria estadual de Saúde (SES) criou uma comissão para fiscalizar o destino da verba repassada ao Hospital Metropolitano de Várzea Grande após denúncia de atraso de três meses de salários e no pagamento de fornecedores. Criada na sexta (24), ela estará ativa por 30 dias, podendo ter prazo estendido. Atualmente, o hospital é administrado pelo Instituto Pernambucano de Assistência e Saúde (Ipas), uma Organização Social de Saúde (OSS).Instituída pelo secretário Jorge Lafetá, a comissão vai fazer um diagnóstico financeiro e de débitos junto aos médicos, empregados, fornecedores e demais contratados pelo Ipas para prestação de serviços, bem como, acompanhar a realização dos pagamentos desses débitos. Além disso, deve levantar serviços médicos hospitalares e outras despesas realizadas que não estavam previstas no contrato de gestão.O repasse mensal para a unidade de saúde é de R$ 2,1 milhões e, de acordo com o secretário, o envio da verba está em dia. Segundo ele, não há débitos de 2013 pendentes, ao contrário do que afirma a denúncia. “A partir do momento que o recurso é repassado e não chega ao seu destino, tem algum problema no caminho. Por isso é necessária a fiscalização in loco e de contratos de empresas terceirizadas”, frisa Lafetá.A comissão conta com seis integrantes, todos servidores públicos da carreira. Sunilde Gomes Aldave, assistente administrativo; Françoise Geise de Souza, contadora; Drielli Martinez Ferreira Lima, contadora; Roziney Rodrigues Peixoto, contador; Elaine Morita Pereira de Souza, enfermeira; e Arthur Augusto Nogueira Borges, médico. Ao fim dos 30 dias a comissão deve apresentar um relatório.Há duas semanas uma comissão nos mesmos moldes foi instaurada no Hospital Regional de Colíder. À época, os médicos fizeram uma paralisação e afirmaram que não recebiam salário há quatro meses. Como no caso de Várzea Grande, a SES afirmou que os repasses estavam em dia. Segundo Lafetá, a situação na cidade foi regularizada e a comissão continua o trabalho por mais 30 dias para dar continuidade ao processo.Em julho do ano passado, os funcionários do Metropolitano paralisaram os serviços por seis dias. Eles alegaram que havia atrasos nos repasses mensais, falta de adequação dos valores financeiros e acúmulo da dívida gerada pela criação de novos serviços.
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Fonte:
RDNEWS