Coitado do nosso prefeito, pobre homem, nossa cidade não está sendo correta ao lhe pagar tão irrisório salário, somente minguados Quarenta e Dois Mil Reais, por mês. “Que que esse diente?” Tanto na solução dos graves e inescondiveis problemas existentes em todos os cantos da cidade, bem como e principalmente no interior do município, para ganhar apenas essa mixaria? É esse o tamanho do salarinho que vai receber o prefeito.
Li essa noticia nas manchetes dos jornais que circularam dia vinte deste mês na capital. Diante de tanto disparate fiquei imaginando o que faz um gari com o salario que ganha? Será suficiente para lhe garantir o sustento familiar? Ao contrario do prefeito, o gari corre atrás do caminhão que recolhe o lixo a noite inteira por todos os cantos de Cuiabá. Quanto ganha esse trabalhador em sua lide tão insalubre? Segundo dados recente do Dieese o salario mínimo atual no Brasil deveria estar em torno de R$ 2.643,00 enquanto. se paga a ninharia de R$ 600 reais e qualquer coisa, pode!?
Por certo os garis ficariam encantados se recebessem o que propõem o Dieese, com esse dinheiro nas mãos ao final de cada mês, quem sabe até poderiam ir ao mercado e comprar alimentos, roupa e calçado para a família e ainda por suposto, sobraria um troco para comprar um corote daquela aguinha que passarinho não bebe.
Os demais trabalhadores que queimam o coro das costas no sol quente do dia a dia, certamente estão tristes ao saberem que o prefeito, é igual a “eles” e coitado é obrigado a sobreviver com um salario tão mixuruca.
Não é justo que o senhor Mauro Mendes, que quando queria ser prefeito de Cuiabá e prometeu até quase secar a língua, que se eleito iria transformar a nossa cidade em um verdadeiro paraíso, que se eleito promoveria uma revolução na administração da prefeitura, que Cuiabá iria servir de modelo administrativo até para outras capitais, a exemplo de; “Nova Iorque, Londres, Paris, Roma, Moscou, Tóquio, Pequim, Washington, e muitas outras cidadezinhas espalhadas mundo adentro”.
Provavelmente por falta de tempo no horário destinado na TV para propaganda eleitoral, o candidato em tela deixou de citar nas suas falas Poconé, Leverger, Nobres, Rosário, Livramento, Guia, Jangada, Aguaçu e Posto Gil. Pura injustiça.
Foram tantos benefícios prometidos que o povo encantado acabou por acreditar que tudo que fora dito pelo candidato seria cumprido pelo prefeito.
Assim acabaram elegendo o milagroso administrador, o resultado prático que se verifica agora, é que as promessas feitas pelo ex- modesto serralheiro no bairro do porto, agora, feliz e arrogante milionário industrial do mesmo ramo, já começa a descartar a maioria das promessas feitas, alegando para se esquivar que recebeu do antecessor uma prefeitura quebrada, endividada com débitos quase bilionários, e que assim, não lhe é possível cumprir tudo aquilo que prometeu. Bem feito para o povo. Pois não é?
Fonte:
Ivaldo Lúcio